Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Por Mariângela
No stop, aquele jogo que se escreve palavras que começam com uma letra sorteada,
preenchendo os espaços - cor, flor, fruta, nome, animal, País... -
eu sempre emperrava na letra D.
Tudo vinha na cabeça rapidinho: dourado, dália, Décio, dinossauro -
porque no meu stop valiam até os extintos.
Mas, chegava na fruta... era uma coisa!
Até que um dia eu descobri o damasco.
E passou a ser a fruta padrão de minha letra D.
Conheci, mais tarde, ela ao vivo.
Foi quando o tempo das vacas magras deu um tempo,
e meu pai trouxe uma dúzia delas, que devoramos com prazer.
O Natal estava chegando e lembro que, nele, repetimos a dose na ceia.
Passei a associar damasco à letra D do stop e ao Natal.
Mais à frente, já na adolescência, deparei-me com a fruta seca.
E, confesso, me apaixonei pelo sabor e
pelo rapaz que me ofereceu um punhado delas numa festa.
Eu associava damasco à letra D do stop, ao Natal e à paixão.
Pouco mais tarde, casei-me com o rapaz, que sempre me muniu da fruta seca
e de um carinho e um amor tão saborosos que me faziam lamber os beiços.
Resolvemos passar a lua de mel em Damasco, uma cidade linda na europa oriental.
Eu associava damasco à letra D do stop, ao Natal, à paixão e a minha felicidade.
Agora tenho um novo desafio.... no stop, achar nome de flor com z...
mas aí começa outra história...

Nenhum comentário: