Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

sábado, 4 de abril de 2009

Por Gabriela
Então eu deitei aqui e vi todas as estrelas. Há céus sem elas. Aqui, proliferam.
E minha cabeça encostada na terra me lembrou chãos que pisei sem ter idéia de fazê-lo.
Os pés quando tornam o caminhar automático perdem o traçado, o cheiro, o destino.
O mundo ficou sendo aqui. Este pedaço de terra que recebe meu corpo e me mostra o infinito que nunca será de ninguém.
Eu não ouço nada, nem o silêncio. Não quero nada. Sinto minha imobilidade e cada poro lateja contente.
Nem sei se gostaria de alguém aqui, ao lado. Acho que não.
Mais, ainda – a vida podia ser só isso, nem que por um segundo.

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