Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Por Gabriela
Nasceu ali, entre uma parede escorregadia e outra.
Úmido e à mostra. Nu.
Pra todos os olhos, todas as vergonhas, todos os todos.
Um gelado apertado de gargalo estrangulado.
Coisa estranha, brotar dali. Dum árido vidrado de uma garrafa largada no meio da rua.
Sem pra onde nenhum.
Coisa estranha. Nem era sentimento pra se embrenhar assim, em cantos estéreis.
Nem água pra se meter aonde não se vai.
Era larva, mosquito, febre, dengue, dor.
Uma coisa que nem devia.

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