Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Por Sócrates
- "O arroz deu cacho e o feijão floreiou. Milho na palha, coração cheio de amor".
Uma multidão avança sobre a câmara e canta:
- "O arroz deu cacho e o feijão floreiou. Milho na palha, coração cheio de amor".
Por de trás da câmara uma lágrima e a frase de Che: "Quando o extradiornário fizer parte do cotidiano, terá a revolução".
No acampamento longe da fala fácil de Mirian Leitão, Renato Machado, Alexandre Garcia e todos os filhotes do neoliberalismo - as pessoas cantavam e plantavam feijão no lugar de eucalipto. Afinal, todos queriam comer. E eucalipto não se come.
Seria mais um dia após a ocupação, o que o acampados chamam de resistência. Uma etapa superada por trabalho e suor; porque, só se resiste produzindo, porque, só aguenta a resistência, quem canta:
- "O arroz deu cacho e o feijão floreiou. Milho na palha, coração cheio de amor".
Atrás da câmara a lágrima ganha um adepto: o arrepio dos braços e uma nova canção:
- "Quebra, quebra, quebra, quebra cadeado, o MST é o povo organizado".
Afinal, quebrar o cadeado é uma atitude cultural, teria pensado o diretor.

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