Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

terça-feira, 3 de março de 2009

Por Sócrates
A saia da moça revelava o interior dela. Logo abaixo do umbigo. Os rapazes deitavam no chão, remexiam as cadeiras, se contorciam para enxergar até a alma da garota. Alguns diziam:
- Vou para o inferno por ela.
- Até o Alasca.
- Ai meu Deus!
Na esquina, logo após o bondinho passar, uma brisa, daquelas do sul, soprou como se advinhasse os desejos viris da moçada. Alguém arriscou:
- Esse vento é macho.
- Bonitinha mais ordinária.
- Nossa Senhora!
Sem graça, a donzela virou a esquina e foi pega de surpresa pelo namorado. Por acaso você está na Bahia para andar deste jeito na rua.
- Você tá me chamando de quê?
Sem graça, o gaúcho tentou explicar mais só piorou a situação.
- É que na Bahia as mulheres são mais calorentas.
- Sulista filho da puta.
- Splac!

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