Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Por Mariângela
A minha humanidade me incomoda.
Pareço piegas, porque quando percebo,
não sei conter o choro desse oco,
um sem fundo que me toma.
Doi demais ver pessoas miseráveis,
crianças sem destino, amores vãos,
gente que mata tanta gente,
morte em forma de indigente,
medos atordoando pessoas sãs,
violência em alguns olhos verdes,
covardia em outras iris,
alegrias tingidas por sorrisos falsos,
dentes brancos que nunca sorriem,
multidões de indivíduos solitários,
bichos que parecem humanos,
humanos com jeito de bicho,
desumanos que desamam...
Em que lugar de meu destino
perdi a capa, a espada e o elmo encantado?
Para onde foram meus super poderes imbatíveis?
Quando esqueci todas aquelas mágicas?
Onde está, meu Deus, a tal fé que era meu escudo?
Hoje só me resta esta impotência maldita!

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