Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Por Sylvia
Ele gosta de se deixar levar. Qualquer corrente de ar, brisa ou aragem lá está ele, no ângulo certo que o suspende do chão e aí flana com gosto e sem culpa; mas gosta ainda mais de pé de vento ou rajada das que levantam pó, sente emoção forte, frio no estômago, arrepio na pele. Conhece todas as manifestações do ar em fúria: rajada, furacão, turbilhão, tornado, até redemoinho e minuano, aquele vento frio e seco que vem do sul e atravessa o país chegando até o norte. Surge gelado e penetra os ossos, trazendo o frio dos Andes. Gosta dos alíseos também, que de tão úmidos adoecem o pulmão e deixam as pessoas loucas.

Nenhum comentário: