Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Por Cristina
Aprendera a proteger-se desde cedo, medrosa que era. Mas mais do que medrosa era carente e as proteções lhe faziam bem.
Assim, escondia-se nas cobertas, trancava as portas, nunca se colocava como primeira da fila, sentava-se no banco de trás dos carros, não carregava guarda-chuva para poder andar na carona dos outros de braço dado, dava passagem ao entrar em qualquer lugar para não se expor entrando em primeiro lugar, fazia que não tinha entendido para que ao ajudá-la lhe fizessem companhia, encolhia-se para caber em elevadores cheios de gente.
Mas mais do que tudo, não saia sozinha de casa se não fizesse sol pois quando na rua andava sempre de encontro ao sol, para fazer-se acompanhar de sua própria sombra.

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