Por Gabriela
Do meio do campo, o goleiro parecia um pontinho no mar de verde.
De uma trave a outra, distância imensa, parecia ainda menor, solto e quase náufrago.
Um chute dali, tão improvável, entraria no gol?
Esporte em que segundos valem ouro, o artilheiro nem pensou.
Largou a perna esquerda, numa potência extraordinária, imprimindo uma trajetória curva à bola.
De grão de areia, o goleiro se fez onda quebrando na praia com estrondo de vagalhão.
Agarrou a bola e seus 190 km/h de potência no espaço imenso, esticando cada milímetro de seus braços.
Caiu no chão tal qual fruta madura, a bola encravada no peito, caroço exposto.
Salvou o jogo, o campeonato, a pátria, o emprego do técnico.
E na memória de muitos, ficou eterno.
Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.
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