Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Por Sylvia
Chegou vestida com uma capa preta, brilhante. A cabeça coberta com capacete negro encobria suas feições. Mancha escura, movia-se com segurança, embora desse algumas paradas para sentir o ambiente. Açucena, que tomava conta da chapeleira, a viu entrar; no entanto o ambiente de luz baixa confundia as formas e Açucena já não enxergava direito. A de capa preta, insinuante, aproximou-se com confiança e parou junto ao canto do balcão. Seu erro foi chegar perto demais. Açucena arrepiou-se e deu um grito, pegou o chinelo ( trabalhava de chinelo atrás do balcão) e bateu e bateu até esmagar aquela vestida de capa preta brilhante coitada, coitada, é só um filhote! dizia com asco e piedade ao ver o líquido escuro que saía do corpo daquela de capa preta.

Nenhum comentário: