Por Mariângela
Aconteceu e tudo transbordou.
Era solidão, a noite que o escuro traz aos olhos de quem vê.
Não havia mar nem rio, chuva ou tempestades.
Apenas transbordou o que no infinito se acumulava,
em pequenos diques improvisados.
Um furo, um pequeno e único furo, dilacerou o que parecia tão hermético.
Abriu comportas e ampliou as dores que nem pareciam tão intensas.
E a eclusa em que acomodei toda minha tristeza, desfez-se num breve instante.
No mesmo momento em que senti o seu perfume rondando o meu ar.
Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Aconteceu. Primeiro aconteceu ou transbordou? Primeiro veio a tristeza e depois poderiam ser as lágrimas, mas, era só tristeza. A mais profunda delas: a tristeza contida, da alma.
Veio as lágrimas.
E o perfume da esperança. Belíssimo, belíssimo. Um espetáculo de metáforas.
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