Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Por Sylvia
Nasci ali, bem no meio. Minha função é de comporta, fazer dique para num dado momento liberar tudo o que represei.
No calor, minha pele se abre, começo a porejar e um rastro brilhante se desenha aí, habitação de liquens e musgo. Isso me diverte. Prazer em ser escoadouro. Às vezes o trabalho é tranquilo, em outras vira borbotão, corredeira, catarata, cachoeira, enchente, dilúvio.
Quando me abro, inundo o lado de lá, trazendo verdor ou morte. Depende de minha vontade.
No momento, estou fechada, pois no inverno devo fazer provisão para outros tempos, eclusa que sou.

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