Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Por Gabriela
Essa sua índole insinuante tinha muito charme naquela época em que tudo que eu queria era que você me quisesse. Minha carência melosa, fantasiada de ‘o grande amor da minha vida’, se agarrava às suas promessazinhas tal qual náufrago ao isopor áspero que talvez lhe salve a vida. As suas entrelinhas e frases sugestivas, nunca finalizadas eram um bálsamo pra mim. Aquele tempo passou. Hoje sou mulher de frases inteiras, intenções claras. De pontos finais quando o único que nos salva e redime é interromper o rastejar patético pelo amor de alguém. A gente ama se ama. Se pode. E sabe, sem precisar palavra – nem inteira, muito menos meia ou podada por reticências. Ama.

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