Diariamente, um desafio é lançado: uma palavra, apenas uma, que seja capaz de mexer com a criatividade desses oito escritores. Eles deixam os dedos correr no teclado, livres e descomprometidos. O resultado? Uma poesia, uma crônica, um haikai, um conto... Enfim, o que a inspiração deixar. O blog é isso, um convite à criatividade, provocada todos os dias, no finalzinho do expediente.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Por Cristina
Eu, com os grampos, grampeio o que for grampeável.
Organizo, separo contas com o mesmo nome, agrupo despesas iguais e grampeio
Recorto artigos que quero reler mas, se forem do tamanho de uma folha de jornal,
corto em tamanhos menores e grampeio
Para isto me servem meus grampos.
Soube que há quem use grampos para torturar.
Conheci quem usasse para remendar roupas, muito estranho!
São tantos usos que já soube fazerem dos grampos...
Quanto a ele, não consegui convencê-lo a usá-los do modo que considero correto.
Teima em grampear sentimentos dois a dois, insiste no grampear de lágrimas
e há quem diga que o que quer mesmo (pasmem!), é grampear almas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom e engraçado. Poxa. A Fernanda Torres lendo esse texto seria ótimo.